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Desemprego cai e renda cresce no País em agosto
Desemprego volta a cair em agosto e atinge menor índice em oito meses
Dados do IBGE mostram que o desemprego no País caiu pelo segundo mês consecutivo e ficou em 5,3% em agosto, recuo de 0,3 ponto porcentual em relação a julho. É o menor nível desde dezembro de 2012, quando foi de 4,6%. Após cinco meses em queda, o rendimento médio do trabalhador subiu 1,7% em agosto, para R$ 1.883, ajudado pela quedada inflação
A taxa de desemprego no Brasil caiu pelo segundo mês consecutivo, e ficou em 5,3% em agosto, um recuo de 0,3 ponto porcentual em relação a julho, de acordo com dados do IBGE. É o menor patamar desde dezembro de 2012, quando ficou em 4,6%, No acumulado de janeiro a agosto, a taxa de desemprego se manteve na média de 5,7%.
Vagas. índice de desocupação no País ficou em 5,3%, uma queda de 0,3 ponto porcentual em relação a julho e o menor desde dezembro do ano passado, quando ficou em 4,6%; para economista, indicador positivo deve continuar pressionando os salários..
"Houve uma inflexão da curva do desemprego, com entrada de pessoas no mercado do trabalho e redução na desocupação, mas não dá para dizer que o mercado está bom porque ainda temos quase 1,3 milhão de pessoas na fila do emprego", disse o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, Cimar Azeredo.
Para o IBGE, a queda do desemprego é reflexo direto da criação de novas vagas. Alguns analistas, no entanto, chamam a atenção para o aumento do desalento, quando trabalhadores desistem de procurar emprego. Isso teria desacelerado a expansão da população economicamente ativa (PEA).
Azeredo, porém, discorda dessa análise. Ele lembrou que o número absoluto de pessoas ocupadas no País teve acréscimo de 90 mil em agosto, avanço de o,4% em um mês. O resultado acompanhou a evolução do saldo líquido de empregos formais criados em agosto, de 127.648, segundo informou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na semana passada.
Pressão. O sócio-diretor da Schwartsman & Associados, Alexandre Schwartsman, destacou em relatório enviado a clientes que o movimento da taxa de desemprego sugere que o mercado de trabalho vai permanecer sem muita margem no horizonte próximo, "isso manterá e eventualmente aumentará as pressões sobre salários nominais, que continuam a superar significativamente qualquer estimativa razoável de crescimento de produtividade."
Com previsão de desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na passagem de 2013 para 2014, Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências, acredita que o mercado de trabalho pode sofrer um desaquecimento. Para ele, a taxa média de desemprego deve subir para 5,8%. Ele ressaltou que a geração de vagas é reflexo da confiança das empresas em relação ao volume de vendas no médio prazo, e as expectativas não têm se mostrado muito favoráveis para os próximos trimestres.
O avanço de 3,1% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado no número de trabalhadores com carteira assinada também foi um destaque nos números divulgados ontem, segundo Azeredo. Atualmente, esse contingente representa 5 50,4% do mercado de trabalho brasileiro, de acordo com a pesquisa. Já a quantidade de trabalhadores sem carteira caiu 6,2% em um ano. / colaborou Beatriz Bulla, com Reuters