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A arte de empreender
Cada vez mais os brasileiros, principalmente entre 18 e 24 anos, investem no seu próprio negócio
De uns anos para cá temos observado um movimento empreendedor muito forte no Brasil. Cada vez mais os brasileiros, principalmente jovens entre 18 e 24 anos, investem no seu próprio negócio. A confiança depositada nesse público também é grande, segundo a pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores Brasileiros liberada pela Endeavour, feita em parceria com o Ibope, 88% da população acredita que empreendedores são geradores de empregos e 74% diz que “o empreendedorismo é a base de criação de riqueza, beneficia a todos”.
Durante as centenas de horas nas quais estive com grandes líderes empresariais do país, notei que as histórias eram sempre diferentes, mas os perfis de cada um dos entrevistados eram muito semelhantes. E, claro, os obstáculos e dificuldades fazem parte do negócio.
Com Chieko Aoki, por exemplo, da rede hoteleira Blue Tree Hotels, não foi diferente. Descendente de japoneses, ela morou em um lar onde os homens representavam a força e o pai a liderança. Assim, Chieko cresceu e viveu aprendendo a servir. E foi exatamente nisso que ela investiu, tornando esse seu maior dom e uma importante marca da empresa que preside: servir aos hóspedes. Uniu o dom ao conhecimento e os transformaram em oportunidade, até porque havia estudado no Japão, na Europa e nos EUA. O bordão da sra. Aoki? “Valorize as pessoas acima de tudo”!
Já o empresário João Doria Jr., presidente da Dória Associados, conta que era de classe média alta, mas em certo momento a família perdeu tudo. Aos 13 anos ele teve que começar a trabalhar para ajudar a família. A mãe, empreendedora, montou uma pequena fábrica de cueiros. Como João Doria tinha a “veia criativa” do pai para os negócios e para se relacionar bem, aprendeu com a mãe que a dedicação total àquilo que se faz é fundamental.
Observador, ele notou que os empresários não se conheciam ou não tinham situações que permitissem encontros nos quais pudessem conversar e trocar experiências. Criou, então, uma forma de aproximar grandes empresários por meio de seus negócios, entre eles o LIDE (Grupo de Líderes Empresariais).
E, por último, gostaria de destacar a empresária Sônia Hess, presidente da Dudalina. Dona Lina, como a saudosa mãe é chamada carinhosamente, iniciou a confecção de camisas quando comprou uma quantidade grande de um determinado tipo de tecido. Como aquele material "encalhou", ela resolveu confeccionar camisas, obtendo um grande sucesso. Certa vez, ainda criança, Sônia saiu com a mãe para vender camisas pelo comércio da cidade. Ela ainda tinha umas quatro ou cinco peças. Sônia, então, pediu à mãe para ir embora, mas ouviu: "Filha, enquanto não vender todas as peças não podemos voltar para casa". Naquele dia, Sônia Hess aprendeu uma grande lição!
Por isso, acredite em você. Qualquer pessoa pode ser empreendedora e ter um negócio de sucesso. Não importa como foi o início, grandes empresas começaram dentro de uma sala pequena com uma “equipe” formada por duas ou três pessoas, muitas vezes composta pela própria família. Tome essa histórias como exemplo. Analise as oportunidades e transforme as derrotas e obstáculos em fontes para obter êxito no seu próprio negócio.