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Sebrae alerta MPE para evitar juro alto
Momento de juros elevados deve ser observado pelos microempresários com atenção
Os micros e pequenos empresários devem ter atenção no tipo de crédito que irão solicitar, caso precisem recorrer a capital de terceiros. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), os empresários devem ficar de olho nos juros altos, que são capazes de multiplicar o saldo devedor em muitas vezes caso os pagamentos sejam efetuados com atraso. Além disso, os especialistas orientam que as empresas procurem sempre o tipo de crédito mais adequado às suas necessidades.
O sócio da MCM Consultores Associados, Antônio Madeira, também dá a dica: evite empréstimos por enquanto.
Ainda mais caro
"A tendência é o crédito ficar mais caro. O empresário deve buscar alternativas mais baratas, como trabalhar com estoques menores. Estoque alto significa que ele está investindo, o que não é uma boa ideia no momento", explica o economista.
Nesta semana, a Serasa Experian informou que o número de requerimentos de falência contra micros e pequenas empresas aumentou em maio de 2011 em todo o País. Foram registrados 105 requerimentos no mês passado, contra 93 no mesmo período de 2010. Na opinião do economista da Serasa Experian Carlos Henrique de Almeida, esse aumento tem como principal motivo as medidas do governo federal para reduzir a atividade econômica nacional - como a alta da taxa básica de juros (Selic) - e, consequentemente, brecar o avanço da inflação, que está em 6,3% nos últimos 12 meses. "O Brasil tem de crescer menos este ano. E é bom as empresas se prepararem, pois a tendência é que a situação fique um pouco pior."
Com a crise financeira internacional - que eclodiu no Brasil em 2009 -, os empresários brasileiros foram incentivados a produzir no ano seguinte. Para tanto, o governo federal facilitou o acesso ao crédito e cortou os juros, o que resultou no crescimento de 7% das micro e pequenas em 2010. Neste ano, de acordo com previsão da Serasa Experian, o aumento não deverá passar de 4,5%. Cortar custos pode ser a opção encontrada para não ter de recorrer a empréstimos, ressalta o economista da Serasa. Em 2011, o governo não estimulará o consumo. Prioridade é a retenção das contas, diz Almeida. E não há uma data para a situação melhorar Até o primeiro semestre de 2012 a situação será a mesma. Mas Antonio Madeira diz que , essa preocupação deve atingir só as micros e pequenas empresas. "Outras companhias podem contar com capital internacional, o que ajuda na questão dos juros."