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Dólar interrompe sequência de altas e fecha em leve queda de 0,06%
A autoridade monetária brasileira realizou apenas um leilão no mercado à vista para compra de dólares
O dólar comercial interrompeu a sequência de três altas consecutivas, registrando queda de 0,06% nessa segunda-feira (16), terminando cotado a R$ 1,632 na venda. A movimentação em acompanhou o movimento da moeda no exterior, além de repercutir a prisão de Dominique Strauss-Kahn, diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional), a divulgação do relatório Focus, a agenda econômica da data e as intervenções do Banco Central.
A autoridade monetária brasileira realizou apenas um leilão no mercado à vista para compra de dólares, com a operação tendo ocorrido das 15h52 (horário de Brasília) às 15h57, contando com uma taxa de corte de R$ 1,6319.
No front interno, destaque para a divulgação o relatório Focus, com várias projeções para a economia. O destaque ficou por conta da nova queda nas expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que deverá terminar o ano em 6,31%.
Para o câmbio, os economistas ouvidos pelo BC esperam que o dólar encerre este mês e o próximo cotado R$ 1,60. Ao mesmo tempo, para o final de 2011, a expectativa é que o dólar esteja cotado a R$ 1,62.
A moeda norte-americana registrou quedas frente ao euro, libra esterlina, iene, dólares australianos e francos suíços. A exceção foram os dólares canadenses, contra os quais o dólar norte-americano apresentou apreciação.
Strauss-Kahn
O mercado também focou a prisão do diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, no sábado (14) em Nova York, sob acusações de tentativa de estupro. O diretor está detido nos EUA, e sua fiança foi negada, e ele deve permanecer preso até sua próxima aparição nas cortes norte-americanas, em 20 de maio. Strauss-Kahn mantém importante papel no combate à crise fiscal europeia, além de ser um dos favoritos na corrida presidencial francesa, pelo Partido Socialista. Strauss-Kahn nega as acusações.
Agenda econômica
O destaque da agenda econômica doméstica esteve por conta da balança comercial brasileira, que registrou um saldo positivo de US$ 2,460 bilhões nas duas primeiras semanas de março. Desta forma, no acumulado do ano até o momento, o saldo é positivo em US$ 7,489 bilhões.
Já nos EUA, a produção industrial da região de Nova York em maio decepcionou os analistas ao marcar apenas 11,9 pontos, antes expectativas de 18 pontos.
Dólar comercial e futuro
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,6300 na compra e R$ 1,6320 na venda, leve baixa de 0,06% em relação ao fechamento. Apesar desta queda, o dólar acumula valorização de 3,75% em maio, frente à baixa de 3,56% registrada no mês passado. No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 2,05%.
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em junho, segue o dia cotado a R$ 1,639, baixa de 0,27% em relação ao fechamento de R$ 1,643 da última sexta-feira. O contrato com vencimento em julho, por sua vez, opera em baixa de 0,24%, atingindo R$ 1,649 frente à R$ 1,653 do fechamento de sexta-feira.
O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,6305000.
FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 3,60 para julho de 2011, 0,55 ponto percentual abaixo ao que foi registrado na sessão anterior.