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Erros mais comuns das micros e pequenas empresas
Erros mais comuns das micros e pequenas empresas
Mais desafiador do que abrir uma empresa é, sem dúvida, manter a instituição operando no “verde”. Entretanto, se não houver um planejamento, o sonho pode virar um pesadelo. Recentes dados do Sebrae mostram que 30% das empresas fecham as portas logo no primeiro ano.
De acordo com Pedro Lotti, diretor da PLL, consultoria que trabalha com resultado no foco da lucratividade e na performance de seus gestores, a falta de experiência e de conhecimento são os maiores desafios a serem enfrentados. “O plano de negócios ou o planejamento estratégico são os grandes aliados do empreendedorismo no sentido de orientar a empresa quanto aos caminhos a serem seguidos”, explica o especialista.
O executivo, que possui mais de 35 anos de experiência atendendo empresas de diversos portes, afirma que é necessário um plano bem claro, objetivo e detalhado. “Antes de realizar qualquer ação ou investimento, o planejamento se faz necessário. Seja um investimento de tempo ou de dinheiro. Não se deve contar nunca com o fator sorte”, explica.
Misturar finanças da empresa com finanças pessoais é outro erro freqüente. A dica é estabelecer aos sócios um pro-labore (salário), semelhante aos funcionários. “O valor deve ser transferido para a conta corrente pessoal dos sócios para cobrir as necessidades/despesas. Tudo isto sem confundir o pró-labora com o lucro da empresa, claro”, adverte Lotti.
Contratar familiares e amigos ao invés de pessoas mais adequadas para a empresa, confundir amizade com trabalho, não estabelecer metas e prazos para o pessoal, são atitudes que complicam ainda mais os resultados. É preciso estabelecer pré-requisitos para cada cargo, selecionar pessoas com o melhor perfil, definir a função de cada cargo, assim como prazos de finalização. O atraso de uma tarefa pode atrasar o recebimento de uma receita, prejudicando então o fluxo de caixa da empresa.
É altamente recomendado o controle detalhado de todas as receitas, despesas fixas e variáveis, e investimentos. Decisões tomadas sem informações precisas são inimigos da estabilização de qualquer empresa. Assim como não tomar decisões no momento em que é preciso, principalmente envolvendo demissões, mudanças no procedimento, aumento de atividade ou de investimento, entre outros. Estar atento às reais necessidades da empresa pode salvar seu negócio.
Muitas empresas acabam contratando empréstimos para pagar suas despesas operacionais. Para isso, recomenda-se um plano de recuperação. Quando a empresa não consegue pagar suas despesas é preciso modificar o plano do negócio.
A dependência da empresa com relação aos funcionários, fornecedores ou clientes traz riscos significativos para a empresa. Ter ao menos dois funcionários com conhecimento dos processos básicos, dois fornecedores distintos da matéria-prima e dois clientes com a mesma proporção de receitas, é uma boa dica.
A última, e não menos importante observação, é saber ouvir. Considerar a opinião ou sugestão dos funcionários, clientes e fornecedores é bastante importante. Atualizar-se e buscar aperfeiçoamento constante significa estar em busca de melhores resultados. A empresa é um investimento que somente apresentará bons resultados se o corpo dirigente e funcionários respeitarem-se e trabalharem em conjunto.